quinta-feira, 29 de abril de 2010

Soulfly - Omen



Banda pós-Sepultura, de Max Cavalera, e já com mais de uma década de duração, em que se afirmaram por completo na industria da música pesada, são os Soulfly.
Omen, é já o sétimo álbum de estúdio, prova de que os Soulfly, à semelhança do que acontecera com Sepultura, estão a construir um legado.

No entanto, Omen, destaca-se, em geral de todos os álbuns de Soulfly. Não é um Conquer, não é um Primitive, e muito menos, um Dark Ages.
São raros, ou deva-se dizer, raríssimos, os momentos em que e notório algum tipo de som "tribal" proveniente de um instrumento étnico, que Max Cavalera "transportou" dos Sepultura para os Soulfly, e que tão bem caracterizava as suas músicas.
Este álbum é puro thrash/groove/death, como preferirem, com a guitarra de Marc Rizzo (ex-Ill Niño), em destaque, a ser usada ao máximo, excepto na habitual faixa Soufly, neste caso, Soulfly VII, que à primeira escuta, para quem não esteja habituado, parece totalmente fora de contexto do resto do álbum.

A guitarra de Marc Rizzo, mais a guitarra de Cavalera, produzem riff's potentes, a gritar groove por todas as cordas, e fazem qualquer um abanar a cabeça, e o vocal do segundo, que ou se gosta, ou se odeia, continua poderosíssimo como habitual.
Como não poderia deixar de ser, tendo em conta são os Soulfly, e que é Max Cavalera, que já trabalhou com variadíssimos artistas, o cérebro por trás da banda, Omen conta com algumas participações especiais, sendo elas a de Greg Puciato dos The Dillinger Escape Plan, em Rise of the Fallen (uma das melhores faixas do álbum), e Tommy Victor dos Prong, em Lethal Injection, ambas boas e a serem quase totalmente interpretadas pelos mesmos.

Omen, irá agradar a qualquer fã de Soulfly, e até mesmo a quem não o é, com excepção para quem os prefere na sua vertente mais "tribal", apesar de não haver qualquer duvida que o talento e qualidade estão lá, e que, indiscutivelmente, o Brasil, era pequeno demais para conter qualquer banda de Max Cavalera.

Nota: 8/10