Depois do adiamento do concerto do passado dia 1 de Novembro, os Epica não faltaram à chamada e actuaram para os fãs portugueses no Incrível Almadense, o primeiro dos holandeses em nome próprio em terras nacionais nestas dimensões.
Encontraram uma plateia ansiosa mas cheia de energia para os receber, naquele que foi um concerto com casa cheia.
Na primeira parte actuaram os portugueses Fantasy Opus. A banda liderada por Pedro Arroja aqueceu a plateia, que respondeu positivamente à actuação. Entre os temas que tocaram não pôde faltar Mystic Messenger, o mais recente single da banda portuguesa, que anda a promover o seu último trabalho Beyond Eternity.
Depois de um tempo de espera enquanto os técnicos preparavam a actuação da banda, os fãs estavam cada vez mais ansiosos pelo início do concerto. Quando as luzes se apagaram e se ouviu a música introdutória, Samadhi, seguida das entradas do teclista Coen Janssen e do baterista Ariën van Weesenbeek, a plateia reagiu em força, e explodiu com os primeiros acordes de Resign To Surrender, com a entrada dos guitarristas Mark Jansen e Isaac Delahaye e do baixista Yves Huts. O público voltou a gritar quando a vocalista Simone Simons entrou e encantou o palco.
Seguiu-se a música Sensorium, do primeiro álbum, seguida pelo novo single Unleash e a poderosa Martyr Of The Free World, onde a audiência iniciou um headbanging quase em uníssono. Depois, a banda saúda a audiência com uma instrumental, a magnífica The Imperial March, em que o público delirou completamente.
A vocalista regressa ao palco, e Mark Jansen anuncia que vai tocar Mother Of Light a pedido especial de um fã português, Ménon, que estava na primeira fila do concerto e é membro do The Portuguese Devotion, a comunidade portuguesa dos fãs de Epica.
Seguiu-se mais um momento alto da noite com a música Cry For The Moon. Simone Simons pediu ao público para a ajudar na introdução da música. O público português não desiludiu a vocalista e cantou todo afinado, causando à banda uma grande surpresa. No final, o baterista Ariën Van Weesenbeek brindou a audiência com um brilhante solo.
Depois, a maior parte dos membros da banda saíram, deixando apenas o teclista e a vocalista, que provou à audiência que já estava recuperada da voz e cantou uma Tides Of Time tão intensa que vários fãs se emocionaram, seguidos pela própria Simone. A banda reuniu-se novamente para um final explosivo da música.
Depois seguiram-se duas músicas do penúltimo álbum, Sancta Terra e The Obsessive Devotion, que a audiência cantou de uma ponta à outra, inclusive os coros em latim.
Seguiu-se Kingdom Of Heaven, em que ouve tempo para tudo, até gritar a parte dos coros e fazer headbanging frenético.
No encore, o público não parou, esteve sempre a gritar pela banda. Entra o teclista Coen Janssen para dar uma palavrinha à audiência. Nesse momento, membros do The Portuguese Devotion fizeram-se evidenciar, pedindo para a banda tornar a sua comunidade oficial. Depois, Mark Jansen quis saber se estavam muitas raparigas e rapazes na audiência, pedindo para berrarem alternadamente.
O espectáculo continuou com músicas do segundo álbum: The Last Crusade, Quietus e Consign To Oblivion, cada uma melhor que a outra, o que só fazia a plateia pedir mais e mais. O concerto terminou, a banda prometeu regressar em breve, agradeceu ao público português por ter sido um dos melhores e também referiu que se soubessem que iam ser recebidos assim, teriam vindo actuar em Portugal há mais tempo.
Resumindo, os fãs de Epica foram presenteados com um concerto de 1 hora e 45 minutos de excelente música e cheio de momentos especiais... para muitos, sem dúvida, um
concerto épico e para repetir!
Setlist:
Samadhi (Prelude)
Resign To Surrender
Sensorium
Unleashed
Martyr Of The Free World
The Imperial March
Mother Of Light
Cry For The Moon
Tides Of Time
Sancta Terra
The Obsessive Devotion
Kingdom Of Heaven
The Last Crusade
Quietus
Consign To Oblivion