sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sum 41 @ Coliseu dos Recreios - 17/2/11


Foi numa noite fria que os Sum 41 voltaram a pisar os palcos portugueses. Depois do cancelamento do Rock In Rio o ano passado, a banda canadiana cumpriu o tão esperado regresso a Portugal: foram quase 8 anos desde a última vez, em Paredes de Coura.



Às 21 em ponto, sobem ao palco do Coliseu os portugueses Fitacola, que começam a já estar habituados a partilhar o palco com, de uma forma ou de outra, inspirações suas. Dito pelo vocalista da banda, "estive a 1 dia de comprar o bilhete para vir cá, até que nos convidaram". Provavelmente faria companhia a Ganso, dos Tara Perdida, que também estava na plateia do Coliseu. Com mais um concerto impecável e cheio de energia, a banda que continua a apresentar o seu último álbum, Caminhos Secretos, mostrou que está aí para ficar, nem que para isso tenha que se apresentar à última da hora com um baterista "suplente", que esteve irrepreensível (dentro do possível). Pouco mais de 40 minutos depois, os Fitacola saem de palco sob aplausos, com o sentimento de dever cumprindo, mas era hora de dar lugar aos senhores da noite.

A abrir o concerto, a intro do Chuck ouve-se nas colunas do Coliseu, que em termos sonoros não esteve nos seus melhores dias, com alguns problemas ao longo da noite. Com a banda já composta, a primeira música que se ouviu foi My Direction, com o público pouco mexido mas bem audível. Depois da novíssima Skumfuk, foi em We're All To Blame que o Coliseu começou a tremer: a vertente metaleira dos Sum 41 fez com que começassem os primeiros moshes do concerto, com algumas rodas em vários pontos da plateia. Já com algumas pessoas "puxadas" para o palco, Over My Head trouxe a primeira explosão de entusiasmo geral, já que foram poucos os que lá estavam que não vibraram com essa música do Does This Look Infected?.


We're All To Blame

Passando pelo primeiro single do novo álbum (Screaming Bloody Murder) e por uma cover de Billy Idol, os Sum 41 continuaram a destilar sucessos, num alinhamento que facilmente agradaria a qualquer fã, bastando para isso ver a sequência The Hell Song, Underclass Hero e Motivation. Três músicas de três álbuns diferentes, de três fases diferentes.


Depois da primeira metade do concerto, e dando jeito ao público para respirar um pouco, vários riffs de bandas metal foram tocados, suspostamente a pedido do público. Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Metallica, Van Halen, Judas Priest ou Slayer, foram alguns dos contemplados com pequenas dedicatórias às suas músicas, feitas pelo guitarrista Tom Thacker.

Para acabar antes do encore, "our first single ever" (Makes No Difference), Still Waiting e In Too Deep. Foi uma saída grandiosa, e enquanto se esperava o regresso da banda, começaram-se a ouvir pedidos de músicas: dum lado gritava-se "No Reason", do outro "Pieces". Foram os adeptos da música mais calma e com mais sucesso comercial que "ganharam". Pieces abriu e de que maneira o encore, criando um clima de preparação para as 2 últimas músicas da noite, músicas que nunca faltaram em concertos de Sum 41. Primeiro Fat Lip, a que lhes deu o estrelato, e à medida que se ouvia público a "imitar" o riff inicial, antecipava-se uns pouco mais de 2 minutos e meio de pura intensidade, algo que os alvos desta música nunca iriam perceber.


Fat Lip

A última música tocada foi obviamente Pain For Pleasure, há anos que os concertos de Sum 41 acabam com o baterista Steve Jocz de microfone na mão e o vocalista Deryck Whibley na bateria, numa homenagem em tom de gozo às bandas Metal dos anos 80. Em suma, acabou em grande um concerto que esteve a alto nível do início ao fim, com um alinhamento que percorreu os 15 anos de carreira da banda de Ontario. O vocalista foi sempre muito comunicativo e percebe-se a bagagem de concertos que a banda já leva, não é por acaso que são cabeças de cartaz em muitos festivais mundiais e que passam a maior parte do seu tempo em tour.


Alinhamento:

Intro (Chuck)
My Direction
Skumfuk
We're All To Blame
Walking Disaster
Over My Head
Screaming Bloody Murder
Rebell Yell (Billy Idol cover)
The Hell Song
Underclass Hero
Motivation
Metal Covers
Mr. Amsterdam
Makes No Difference
Still Waiting
In Too Deep

Encore:
Pieces
Fat Lip
Pain For Pleasure