Numa noite bem quente de Verão, os Rise Against voltaram a pisar os palcos portugueses. Desta vez não foi na Voz do Operário, desta vez não foi a "abrir" para Mad Caddies. Desta vez (7 anos depois) foi em nome próprio, e certamente com uma legião bem maior daquela que os viu nesse dia de Maio, quando ainda estavam numa editora independente e a sua música era muito mais Hardcore do que é hoje em dia.
Mas antes disso, estiveram em palco os portugueses Fitacola. Uma das "novas" bandas do Punk Rock nacional, que recebe inúmeras comparações com outras bandas do género e diversos elogios, sendo-lhes destacadas principalmente a atitude e a mensagem positiva que deixam para os seus ouvintes.
Com um alinhamento a passar por todos os álbuns (2 EPs e 1 LP) em pouco mais de 30 minutos, os Fitacola aqueceram e de que maneira o público, confessando-se até fãs da banda de Chicago, dizendo que "já tínhamos comprado o bilhete antes de sermos convidados!". Uma aposta ganha, definitivamente.
Fitacola
Alinhamento:
1. Falsos Valores
2. Vício
3. Esta Viagem
4. Sobreviver
5. Só Uma Vez
6. Miúdo
7. Outros Dias
8. Acordei
9. Cai Neve Em Nova Iorque
10. Sonho Isolado
11. Desafio Principal
Com pouco tempo de intervalo e como um autêntico furacão, os Rise Against entram em palco a tocar Collapse (Post-Amerika), naquela que viria ser a primeira das músicas tiradas do álbum mais tocado nessa noite, o último da banda, Appeal To Reason. De seguida, uma autêntica "in your face", riffs/voz hardcore e bateria rapidíssima em State Of The Union, numa das poucas revisitações do som old-school da banda.
Com o público já bem animado, leia-se mosh por todo o lado, os Rise Against mostraram o porquê deste ser um concerto em promoção ao seu último álbum, tocando de seguida 11 músicas que estão nos últimos 2 LPs da banda. De destacar, nessa altura, a sequência The Good Left Undone, Chamber The Cartridge (onde todo o Coliseu gritou "RISE! RISE!" enquanto fazia um circle pit gigante) e Drones.
The Good Left Undone
Depois da única música tocada do mítico Revolutions Per Minute, a crítica Blood-Red White And Blue, e antes da 1ª saída de palco da banda, surge Prayer Of The Refugee, a música que levou muitos "jogadores de Guitar Hero" a ouvirem-nos pela primeira vez.
A abrir o encore, altura para descansar as pernas e os punhos e dar uso à voz: Swing Life Away e Hero Of War, duas músicas em tom semi-acústico que levaram ao delírio muitos dos presentes, que cantaram em uníssono cada palavra das suas (geniais) letras.
Hero Of War
Para acabar em beleza, Give It All e Ready To Fall, duas das músicas mais conhecidas da banda e que, de uma vez por todas, mandaram o coliseu abaixo, fazendo com que cada pessoa da plateia gastasse até ao fim as energias que ainda lhe restava.
Em termos sonoros, a única crítica a apontar é volume da voz de Tim McIlrath estar demasiado baixo em grande parte do concerto. De resto, a banda deu o melhor de si, dando um concerto memorável, com uma energia inesgotável e a provar que, embora o som de estúdio já não seja o mesmo de antigamente, a atitude que têm em palco é de uma banda que merece ser apreciada por todas as suas gerações de fãs. Uma autêntica mostra de garra e dedicação, tal como as letras das suas músicas.
Alinhamento:
1. Collapse (Post-Amerika)
2. State of The Union
3. Re-Education (Through Labor)
4. Long Forgotten Sons
5. Injection
6. The Good Left Undone
7. Chamber The Cartridge
8. Drones
9. The Dirt Whispered
10. Audience Of One
11. From Heads Unworthy
12. Savior
13. Survive
14. Blood-Red White and Blue
15. Prayer of The Refugee
Encore:
16. Swing Life Away
17. Hero of War
18. Entertainment
19. Give It All
20. Ready to Fall