Quando foi anunciado o regresso dos alemães Rammstein a Portugal, muitos foram os comentários de que nunca esgotaria.
Ontem os presentes no pavilhão atlântico, se não provaram o contrário, estiveram mesmo muito perto de tal.
Com uma lotação praticamente esgotada, quer na plateia quer nas bancadas, muito bem compostas de gente diga-se, com uma grande pontualidade, às 20:00 subiram a palco os Combichrist, banda de origem Norueguesa, que está encarregue de fazer a abertura dos espectáculos de Rammstein durante esta tour.
Descarregaram de imediato o seu industrial electrónico ou aggrotech, se preferirem, e conseguiram com que alguns dos mais cépticos em relação ao género, abanassem decentemente a cabeça ao som das suas baterias potentes e dos teclados techno/trance, juntamente com uma boa vocalização e comunicação com o público.
Durante cerca de 30 minutos os sintetizadores e teclados substituíram as guitarras, e a electrónica, ainda que com industrial à mistura, fez-se ouvir por todo o pavilhão atlântico.
No entanto, depois do que viria a seguir, são poucos os que ao primeiro pensamento irão lembrar-se que Combichrist esteve lá nessa noite.
Combichrist - Alinhamento:
1 - All Pain Is Gone
2 - Kickstart To Fight
3 - Get Your Body Beat
4 - Blut Royale
5 - What The Fuck Is Wrong With You
Pouco depois das 21:00 dá-se a abertura magistral do concerto de Rammstein.
Num fundo negro começam a surgir, de cada lado, buracos, causados por machados nas mãos de Kruspe (guitarrista) e Riedel (baixista), com raios de luz a sair pelos mesmos, enquanto que no meio, com uma serra eléctrica, era cortada uma "entrada" para Till Lindemann, vocalista da banda, apresentar-se ao público Português.
Assim, ao som de Rammlied, tema do novo álbum Liebe Ist Für Alle Da, iniciou-se o espectáculo de Rammstein.
Ao escutar Rammlied em álbum era evidente que esta faixa teria tudo para resultar optimamente ao vivo, e assim foi, com o público a cantar em alto e bom som o nome da banda: RAMM...STEIN!
Abertura + Rammlied:
Numa actuação que contou nada mais nada menos que 9 músicas do seu mais recente registo seguiram-se B********, Waidmanns Heil, com Keine Lust ou a clássica e explosiva Feuer Frei! pelo meio, sendo que nesta ultima, como habitual, foi visível em grande escala o poder pirotécnico das actuações ao vivo de Rammstein, com os habituais lança chamas "faciais".
Feuer Frei!:
Logo de seguida Wiener Blut em jeito de sátira às atrocidades cometidas pelo Austríaco Joseph Fritz e depois Frühling In Paris, ambas do novo álbum, sendo a ultima talvez a mais calma de todo o álbum, tendo até os primeiros acordes numa guitarra acústica, mas que ainda assim proporcionou um dos momentos mais bonitos de toda a noite, com as luzes de palco baixas, e com o publico a entoar da melhor maneira possível esta "balada" dos alemães.
Frühling In Paris:
Após isto, chegava a hora dos Rammstein descarregarem da bagagem a maioria dos temas que lhes concederam a fama e sucesso internacional como Links 2-3-4, ou a grandiosa Du Hast, entoada na sua totalidade por todo o publico presente num uníssono completamente arrepiante e com o habitual espectáculo pirotécnico.
Du Hast:
Por entre entre estes temas foi tocada ainda a controversa Pussy, primeiro single do ultimo álbum, cujo vídeo causou polémica por todo o mundo devido às cenas pornográficas, mas que ao vivo teve uma grande aderência do publico e uma encenação super divertida, contanto, para além de muitos dildos em palco, com um canhão em forma de pénis "conduzido" por Lindemann, que deu às primeiras filas um banho de... espuma, representando, claro, outra coisa.
Pussy:
Seguiu-se então, já em primeiro encore, toda a potência industrial dos Rammstein, empregue da melhor maneira na faixa Sonne.
Sonne:
Neste encore, ouve ainda tempo para uma ultima faixa de Liebe Ist Für Alle Da, Haifisch e Ich Will de Mutter.
No entanto a banda voltaria para um segundo encore, com Seemann, na qual o teclista Flake, teve direito a crowd surfind mas dentro de um barco insuflável, e Engel a ser o tema que acabaria por fechar um espectáculo nada menos que explosivo no pavilhão atlântico.
Após uns anos de ausência, para muitos, terá sabido a pouco, a outros o alinhamento não terá agradado tanto (devido a 9 das 19 músicas tocadas serem do último álbum), mas ninguém terá saído do pavilhão atlântico a queixar-se do espectáculo dos Rammstein, porque um evento destes não é apenas um concerto, é mesmo um espectáculo.
Os Rammstein voltaram, e estão para ficar!
Rammstein - Alinhamento:
1 - Rammlied
2 - B********
3 - Waidmanns Heil
4 - Keine Lust
5 - Weisses Fleisch
6 - Feuer Frei!
7 - Wiener Blut
8 - Frühling In Paris
9 - Ich Tu Dir Weh
10 - Liebe Ist Für Alle Da
11 - Benzin
12 - Links 2 3 4
13 - Du Hast
14 - Pussy
Encore 1:
15 - Sonne
16 - Haifisch
17 - Ich Will
Encore 2:
18 - Seemann
19 - Engel
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
foi o primeiro concerto que vi deles e devo dizer que fiquei sem palavras é sem duvida dos melhores concertos de sempre, para nao falar neste album LIFAD que está 5* :)
Os rammstein voltaram ?
Voltaram e como disseste e bem, com um "LIFAD que está 5*", que ficou também provado no Atlântico que "funciona" muito bem ao vivo.
Enviar um comentário